segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Aberração


Há no ensino, inexplicavelmente, algumas modas que, por mais absurdas que sejam, parecem ter vindo para ficar. Como compreender, pois, que se ensine o que é um narrador homodiegético e heterodiegético, um acto ilocutório assertivo ou compromissivo, ou que a propósito de um texto se continue a falar de coesão referencial anafórica, ou de polissíndetos e anástrofes, em vez de se insistir na sonoridade e produção de significado, e no efeito que as palavras e os textos têm em nós, ou em como nos fazem ver e pensar de modo diferente, podendo até dar mais sentido à nossa vida.
E o pior é que nem sequer se fala disto...

2 comentários:

  1. Até fiquei assustada com a primeira parte da segunda frase... :)

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